sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Para Analisar

A presença do marketing em um relacionamento pessoal: visão machista

Sexta-feira, um garotão de mais ou menos 18 anos começa a confabular sobre as baladas do final de semana. Resolve telefonar para uns amigos e decidem ir a um bar à noite.
A hora está chegando, 20 h. É hora de ele se arrumar: veste uma camisa de MARCA, acessórios e, por fim, algumas gotas de um perfume: MARKETING PESSOAL.
Às 21 h, todos se encontram em um bar da cidade e começam a conversar: BRAINSTORMING.
Maurício (o garotão) percebe que uma menina começa a dar mole para
ele. Neste exato momento, ele corre um olhar da cabeça aos pés da menina: AVALIAÇÃO DE PRODUTO. Olha ao redor para analisar outras possíveis garotas que poderiam estar dando mole antes de tomar qualquer decisão: COMPARA­ÇÃO ENTRE MARCAS.
Após a análise, Maurício tem certeza de que realmente ela, a menina, é a única que está dando mole. Sendo assim, comenta com seus amigos:
- Olha só aquela gata, não tira o olho de mim. Neste exato momento, um dos seus amigos presentes diz:
- É a Ione, ela é super gente boa. Já estudei com ela no colégio: PROPA­GANDA.
- E ela está realmente uma gata, veja a sainha, o decote e o batom: EMBALAGEM.
Maurício, com certo receio, pergunta aos amigos como deveria ser sua abordagem perante a gata: POSICIONAMENTO DE COMUNICAÇÃO. Seus amigos recomendaram que fosse devagar, com jeitinho, sem espantar: CONQUISTA DE CLIENTE.
Depois de muito pensar, decide ir até Ione. Já conversando com ela, convi­da-a para um chope: TÉCNICA DE VENDA.
Durante o primeiro chope, o segundo, o terceiro etc., ele inicia, como qualquer pessoa, perguntas a ela: O que gosta de fazer? O que faz? Estuda? Trabalha? Onde mora? Que tipo de música escuta? PESQUISA DE MERCADO.
Depois de muito bate papo, consegue ficar com ela: MERCHANDISING - DEGUSTAÇÃO NO PONTO-DE-VENDA.
Lá pelas 3 h da manhã, oferece para levá-Ia em casa: ENTREGA EM DO­MICÍLIO.
Evidentemente, já de posse do telefone dela e endereço: BANCO DE DA­DOS.
Sábado, pela manhã, Maurício, que não é bobo nem nada, vai até uma floricultura e compra rosas e bombons, solicitando que entreguem em sua residência: PÓS-VENDA e PROMOÇÃO DE VENDAS - BRINDE.
Lá pelas 10 h, telefona para Ione e pergunta o que achou dele, como foi a noite anterior e se gostou das rosas e dos bombons: PESQUISA DE OPINIÃO VIA TELEMARKETING.
Conversa vai, conversa vem, e ela o convida para almoçar em sua casa para conhecer seus pais. Já durante o almoço, o pai pergunta-lhe quais as suas pretensões com Ione: MISSÃO.
Maurício responde que pretende namorar sério e não pensa nada em curto prazo: VISÃO.
Maurício percebe que todos gostaram dele. E estavam fazendo de tudo para deixá-lo à vontade, oferecendo várias coisas e fazendo um verdadeiro baba-ovo do rapaz. Maurício sentia-se muito bem naquele ambiente. Davam-lhe abertura para falar o que queria, apoiavam suas opiniões etc.: ENDOMARKETING. [Comunicação Interna]
Já se despedindo, Maurício agradece e promete voltar outras vezes: FIDE­LIZAÇÃO DE CLIENTE.
Despedindo-se de Ione, pergunta-lhe se quer namorá-lo. Ela diz que sim: MARKETING DE RELACIONAMENTO.
Aproveitando o ensejo, convida-a para sair à noite: NOVOS NEGÓCIOS.
Já na boate, Maurício percebe que outros garotões estão de olho em Ione:
ENTRADA DE NOVOS CONCORRENTES NO MERCADO.
Sendo assim, reúne seus amigos e começa a falar sobre o assunto e pergun­ta-lhes sobre o que achavam da situação. Palpites, opiniões, dicas, conselhos etc. Todos participavam em conjunto para solucionar um problema comum: COMUNICAÇÃO INTEGRADA.
Após a conversa, ainda na boate, Maurício decide mudar de postura em relação a Ione. Achava que estava babando muito ovo para ela. Mudou o seu comportamento, ficou mais distante, mais frio: REPOSICIONAMENTO DE MERCADO.
Não é que deu certo? Pelo menos aparentemente.
Semanas se passaram, e, certo dia, Maurício resolve fazer uma surpresa para Ione, pegando-a na escola sem avisá-Ia. Chegando lá, vem a surpresa negativa; ela estava grudada em outro garotão, que por coincidência estava naquele dia na boate: INFIDELIDADE DO CONSUMIDOR.
Muito "P" da vida, Maurício telefona para seus amigos e desabafa, reclama, chora etc.: CENTRAL DE ATENDIMENTO AO CLIENTE. Diz aos amigos que ele não é feio, enche-a de presentes, está sempre ao lado dela quando precisa, e que sempre a tratou muito bem: QUALIDADE TOTAL NO MIX DE MARKETING.
Por fim, Maurício decide terminar o relacionamento. Por mais que Ione se
desculpasse, ele não voltou atrás: EXIGÊNCIA DO CONSUMIDOR.
Você deve estar achando que este é um livro de piadas. Nada disso. Como o assunto - PLANEJAMENTO - é complexo, decidi que seria importante tentar descontraí-lo, pois, a partir de agora, o assunto é sério. Boa leitura!


Referência

Tavares, Mauricio. Comunicação empresarial e planos de comunicação: integrando teoria e prática. São Paulo: Atlas, 2007.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

domingo, 7 de junho de 2009

Dificuldade de aprendizagem: um desafio para o professor.

Pessoal, encontrei essa matéria interessante no endereço: http://psicopedagogia-online.blogspot.com. Em razão da importância da mesma, decidi compartilhá-la com vocês.




É um grande desafio para o professor ou para qualquer profissional interessado no ensino/aprendizagem identificar, compreender e solucionar tais dificuldades.
Muitas vezes nos deparamos com dificuldades que não identificamos, como pais, aprendizes, professores, enfim, em muitos momentos rotulamos nossas crianças e jovens de inquietos, perturbados, desatentos e simplesmente deixamos de olhar para eles.
Olhar pra um ser humano que apesar de pequeno também tem problemas a serem resolvidos e observados, e sobretudo a serem cuidados. Com tal falta de observação e descaso matamos literalmente o aprendizado dessas crianças, deixando as no limbo do conhecimento.
Tais dificuldades somam um percentual cada vez maior dentre nossos alunos, por isso é importante que exercitemos a observação na sala de aula como foco principal de aprendizagem e ensino.
Ao observarmos podemos traçar metodologias e identificar tais problemas ajudando nossos alunos a trabalharem isso em si mesmos e aprenderem sem traumas nem rótulos futuros o que lhes for sugerido.
Aqui vão algumas dicas sobre como identificar tais dificuldades para que haja uma menor rotulação e maior atenção no que tange a tão esperada aprendizagem.


Comecemos então a falar sobre as dificuldades de aprendizagem, suas características e o que são realmente.

Discalculia
É uma dificuldade provocada por má formação neurológica e que se manifesta como uma limitação da criança ao realizar operações matemáticas, classificar números e colocá-los na seqüência correta. Em crianças maiores, ela também impede a compreensão dos conceitos matemáticos e a sua incorporação na vida cotidiana.
Se a discalculia não for detectada a tempo, poderá comprometer o desenvolvimento escolar de maneira mais ampla, colocando a criança numa situação de baixa auto-estima e medo.
Para ajudar, indique um psicopedagogo, pois ele irá iniciar com uma melhora da auto-estima da criança, valorizando as atividades da mesma e em seguida descobrirá como é o seu processo de aprendizagem, que muitas vezes é diferente do habitual. A partir daí fica fácil ajudar, pois uma porta se abre e é só colocar exercícios neuromotores e gráficos para trabalhar os símbolos.
Veja as dificuldades da discalculia, mas cuidado para não nomear um aluno sem ter certeza, pois cada criança tem um jeito de se desenvolver.

EM CRIANÇAS DE 3 A 6 ANOS OCORREM:
- problemas em nomear quantidades matemáticas, números, termos e símbolos;
- insucesso ao enumerar, comparar e manipular objetos reais ou em imagens;
- leitura e escrita incorreta dos símbolos matemáticos

Disortografia
É a dificuldade em visualizar a forma correta da escrita das palavras, pois a criança escreve conforme os sons da fala e sua escrita torna-se muitas vezes incompreensível.

Suas características são:
- troca de grafemas;
- falta de vontade para escrever;
- dificuldade para perceber sinalizações gráficas;
- dificuldade no uso de coordenação/ subordinação das orações;
- textos muito reduzidos;
- aglutinação ou separação indevida das palavras.

Uma das formas de se observar se a criança tem ou não disortografia, é na realização de ditado, pois é ali que apresentam trocas relacionadas à audição.
Portanto, não adianta trabalhar por repetição, mas usando a lógica, quando possível, e a conscientização da audição, em outros casos (ex.: s e ss, i e u, etc.).

Dislexia
É a dificuldade em aprender a ler, escrever e soletrar, sendo assim, uma pessoa disléxica lê com dificuldade e soletra muito mal, pois é difícil para ela assimilar palavras. Isso não quer dizer que ela seja menos inteligente, muito pelo contrário, muitas pessoas famosas são disléxicas, como no caso de Thomas Edison que inventou a lâmpada.
As causas da dislexia são neurobiológicas e genéticas, portanto é hereditário, se uma criança é disléxica, com certeza alguém de sua família também é.
O primeiro sinal possível de dislexia, e que pode ser detectado, é em relação a grande dificuldade que a criança tem em assimilar o que é ensinado. Outra forma de saber é observando se elas confundem letras com grande freqüência, em crianças menores (Educação Infantil) observe se elas têm dificuldades em rimar palavras e reconhecer letras e fonemas, já nas maiores (Primeira série) existe a dificuldade em ler palavras simples, em identificar fonemas e há reclamações de que ler é muito difícil. A partir da segunda série até a quinta série, a criança tem dificuldade em soletrar, ler em voz alta e memorizar palavras.
A dislexia só é curada com um tratamento apropriado, num especialista e com muita paciência. Não existe um tratamento adequado a todas as pessoas, pois um é diferente do outro, mas na maioria o tratamento consiste em enfatizar a assimilação de fonemas, o desenvolvimento do vocabulário, a melhoria da compreensão e fluência da leitura.

Como Saber se Seu Aluno é Disléxico
Crianças entre 3 e 6 anos
1-Ele insiste em falar como um bebê?
2-Freqüentemente pronuncia palavras de forma errada?
3-Não reconhece as letras que soletram o seu nome?
4-Tem dificuldade em lembrar o nome de letras, números e dias da semana?
5-Demora para aprender novas palavras?
6-Tem dificuldade em aprender rimas infantis?

Crianças entre 6 e 7 anos
1-Tem dificuldades em dividir palavras em sílabas?
2-Não consegue ler palavras simples e monossilábicas?
3-Comete erros de leitura que demonstram dificuldade em relacionar letras e sons?
4-Apresenta dificuldade em reconhecer fonemas?
5-Reclamam que ler é difícil?
6-Comete erros freqüentemente quando escreve e soletra palavras?
7-Memoriza textos sem compreendê-los?

Crianças de 7 a 12 anos
1-Comete erros ao pronunciar palavras longas ou complicadas?
2-Confunde palavras de sons semelhantes como ”tomate e tapete?”
3-Utiliza muito palavras vagas como “coisa”?
4-Tem dificuldades em memorizar datas, nomes ou números de telefone?
5-Pula partes das palavras que tem muitas sílabas?
6-Troca palavras difíceis ao ler em voz alta? Exemplo: carro invés de automóvel.
7-Comete muitos erros de ortografia?
8-Escreve de forma confusa?
9-Não consegue terminar as provas?
10-Sente muito medo de ler em voz alta?

Dislalia
Consiste na presença de erros na articulação dos sons da fala, que podem ser omissões, trocas de posição de fonemas, assimilações de outros fonemas e acréscimos de fonemas inexistentes na palavra.
Pode ser causada por ambiente familiar inadequado, imitação, falta de estímulos, hereditariedade, bilingüismo, dificuldades no desenvolvimento auditivo, atraso no desenvolvimento motor e atraso de maturação neurológica.

Alguns exemplos de dislalia:
- ao invés de falar bola, fala póla;
- ao invés de porta, poita;
- ao invés de preto, peto;
- e assim por diante.

Se a criança for corrigida pelos professores, ela poderá se sentir criticada, portanto deve-se encaminhar para a fonoaudióloga assim que detectada a dislalia, mas muito cuidado, pois crianças muito pequenas tendem a falar errado e, portanto devemos avaliar bem se realmente a criança tem problema na fala ou se é somente uma fase.

Disgrafia
É uma perturbação que afeta a qualidade da escrita em relação ao traçado e a grafia. A disgrafia só pode ser diagnosticada depois dos seis anos, após a criança ter entrado na escola e adquirido a linguagem escrita.
As causas podem ser orgânicas (problemas no desenvolvimento da lateralidade, motricidade e equilíbrio), emocionais (personalidade ou meio onde vive) e pedagógicas (metodologias de ensino que contribuem).
A criança que tem disgrafia apresenta dificuldade em escrever, em segurar um lápis, e se observarmos o caderno dela veremos que os textos têm a mesma aparência, com letras muito grandes, inclinação acentuada, espaços irregulares entre as palavras, com caligrafia irregular e ilegível.
Ao suspeitar que uma criança tenha disgrafia, procure um profissional qualificado como psicólogo ou psicopedagogo e peça uma avaliação. Você também pode ajudar trabalhando com a motricidade fina (recortes, colagens, picotagens, etc.) ou com a orientação visual espacial (labirintos, jogos de simetria e de diferenças).

"Observar é tudo e agir para mudar tal realidade, depende somente de você."

São muitas as dificuldades de aprendizagem e aos poucos postarei sobre todas tal como prometi, no decorrer de nosso papo virtual indicarei livros e filmes para que haja maior compreenção sobre elas e a importância da avaliação e identificação precoce, para que com isso consigamos sanar esse problema atual em nossas crianças e jovens.

terça-feira, 26 de maio de 2009

E assim nasceu o metro...
A humanidade inventou várias maneiras de fazer medições, como as citadas neste quadro. Só no século 18 o sistema métrico decimal começou a ser elaborado. Até então se usava na França o pé-de-rei. Com a queda da monarquia naquele país, a Academia de Ciências de Paris sugeriu adotar uma referência invariável: a décima milionésima parte do comprimento de um quarto do meridiano terrestre. Depois de sete anos de estudos para conhecer a distância entre os pólos, o novo padrão recebeu o nome de sistema métrico decimal (do latim metru, medida). Utilizando correspondências físicas com outras grandezas, foram definidos o litro e o quilograma. Os territórios dominados pela Inglaterra, inimiga política da França, continuaram a usar pés, polegadas e libras, sistema baseado em medidas do corpo que não têm equivalência com o métrico decimal.



O CORPO COMO MEDIDA
Quando deixou de ser nômade, o homem sentiu necessidade de medir o tamanho de suas terras e construções. As primeiras formas de quantificar as grandezas apareceram no Egito, com base no tamanho de pés, palmos, polegadas e na distância entre a ponta do nariz e a extremidade do dedo médio (o côvado). Elas foram adotadas por gregos e romanos.
Ilustração: Carlo Giovani










PADRÃO SAGRADO
Na Idade Média, as unidades de medida continuavam imprecisas e os instrumentos aferidores, raros. Nessa época, um hábito tornou-se comum na Europa: esculpir na parede externa de igrejas e castelos, em baixo-relevo, a medida de um côvado. O padrão ficava disponível para consulta e era acima de qualquer suspeita, já que assumia um caráter sacrossanto. Ilustração: Carlo Giovani










VALE QUANTO PESA
As primeiras balanças surgiram no Egito para quantificar o peso de metais preciosos. Nos mais diferentes cantos do mundo, porém, as unidades de medida de massa não foram incorporadas ao cotidiano, pois era mais útil determinar o volume para resolver situações cotidianas: na compra de alimentos ninguém falava em gramas, mas em cuias.
Ilustração: Carlo Giovani










ESPECIALISTA EM PASSOS
No século 4 a.C., o imperador Alexandre Magno criou uma profissão em seus domínios: o bematistai. Esse funcionário público media distâncias em passos. Cada mil deles equivaliam a 1 milha, unidade que se consagrou na medição de comprimentos e até hoje é utilizada nos países que tiveram influência da cultura anglo-saxã.
Ilustração: Carlo Giovani











GRÃO DO SAPATO
Em 1305, o rei Eduardo I, da Inglaterra, determinou que 1 polegada seria igual a três grãos secos de cevada dispostos lado a lado em seu comprimento máximo. A idéia não vingou, mas essa medida foi adotada para determinar a numeração de calçados: um sapato de tamanho 37, originalmente, equivalia a 37 grãos secos alinhados.

Ilustração: Carlo Giovani










Fonte: http://revistaescola.abril.uol.com.br/matematica/fundamentos/como-medir-tudo-ha-428115.shtml em 26/05/2009